Estas mulheres deixaram a sua marca no Mundo, pela sua ação nos mais diversos domínios. São apenas alguns exemplos que aqui deixamos para recordar a importância da Mulher na evolução da Humanidade, muitas vezes na sombra, outras vezes sem que o seu nome tenha vindo a notabilizar-se. No presente, são muitas as mulheres que continuam a liderar nos mais variados campos, da investigação científica, à gestão empresarial, nomes que valeria a pena trazer aqui, não se celebrasse hoje o DIA INTERNACIONAL DA MULHER e, por conseguinte, o dia de todas as mulheres, incluindo as que não fazem história mas asseguram o equilíbrio familiar, estudam, trabalham, criam, são heroínas anónimas do dia a dia.
Recordamos que, na atual crise pandémica, a desigualdade entre homens e mulheres tem sido mais acentuada, não só devido à conciliação das atividades domésticas com as laborais, mas sobretudo porque a estas últimas juntaram-se as tarefas educativas de acompanhamento dos filhos no ensino a distância, já para não mencionar o apoio a pais e familiares idosos.
Conforme informa o Jornal Público de 5 de março de 2021, num artigo de Ana Cristina Pereira, um novo estudo do Instituto Europeu da Igualdade de Género (EIGE) destaca diferenças substanciais na perda de emprego, no número de horas trabalhadas e no teletrabalho. No espaço comunitário, Portugal regista o quinto maior impacto da pandemia no mercado de trabalho, afetando de forma desproporcional as mulheres.
Para perceber melhor a realidade, criou-se um novo indicador: o impacto no mercado de trabalho, que calcula a variação da percentagem de empregados no segundo trimestre de 2020 face ao mesmo período de 2019 deduzindo a taxa de crescimento anual média do emprego registada entre 2014 e 2019.
Assim, a média do impacto na União Europeia (UE) é 3,6% para homens e para mulheres. Como lembra Salanauskaite, os Estados-Membros têm realidades socioeconómicas díspares e, por isso, enfrentam consequências distintas. O impacto é maior em Espanha, Bélgica, Irlanda, Itália, Portugal, Hungria, Grécia. Portugal, por exemplo, regista um impacto de 5,6% no emprego das mulheres e 5,3% no emprego dos homens.
A TSF, em informação do dia 5 de março, indica também que o estudo aponta ainda medidas específicas para colmatar as desigualdades entre homens e mulheres, por exemplo, na área das qualificações: “Num mundo onde o trabalho digital é cada ver maior, e com uma transformação abrupta ao longo deste ano”, torna-se também premente “capacitar as mulheres nestas áreas”.
“Se temos áreas em que apenas 20% são mulheres, como e algumas áreas tecnológicas, estamos a ditar uma desigualdade no futuro em termos de acessos a determinados tipos de trabalho ou lugares de decisão nessas áreas. Se o futuro será mais nessas áreas, temos de corrigir desde já essas desigualdades”, alerta a Ministra a Mariana Vieira da Silva.
Ana Isabel Falé