A FAMÍLIA
Tradicionalmente, a família é o conjunto de pessoas que possuem um grau de parentesco entre si, que partilham o mesmo espaço e os mesmos recursos. A família nuclear é normalmente formada pelo pai e mãe, unidos pelo matrimónio ou por união de facto e por um ou mais filhos.
Porém, de alguns anos para cá, o tempo mudou, acelerou e as famílias também sofreram a influência dessa realidade. Atualmente, e cada vez mais, a família tradicional está a dar lugar a outros tipos de família, como famílias monoparentais, famílias reconstruídas, entre outras.
A entrada da mulher no mercado de trabalho foi um dos fatores que contribuiu para a alteração dos papéis familiares e para a emergência de um novo modelo de família. Deste modo, os dois cônjuges passam a ter estatutos idênticos e a partilhar responsabilidades na gestão da vida familiar. Neste contexto, o papel da mulher tem sido o de manter o equilíbrio no seio familiar ao nível afetivo e material.
Esta instituição, no passado, tinha a vida mais simples e tranquila. Não havia toda esta correria que vemos hoje em dia. Na família antiga, a vizinhança era considerada como se fosse parte da família. As reuniões e confraternizações sempre eram motivo de festa. Hoje já não é tanto assim. A família pode estar na origem de uma imensidão de problemas. Existem inclusivamente famílias onde a violência é uma constante: esposos para com as esposas, ou vice-versa, pais para com filhos e filhos para com os pais.
Os fatores que desencadeiam a violência começam pela baixa escolaridade, baixos salários, alcoolismo, drogas ou simplesmente o desemprego e a falta de condições materiais para a família sobreviver. Por esses motivos, há cada vez mais famílias desestruturadas e sem quaisquer laços afetivos.
Não obstante, a família ainda é o principal suporte social das crianças e dos jovens, seja ela como for, desde que alguém, uma avó, uma tia, uma mãe ou um pai, ainda que sozinhos, assegurem a segurança e a estabilidade que leva ao crescimento saudável.
Em suma, apesar de a família ter acompanhado as transformações sociais, continua a ter um papel central na sociedade, continua a desempenhar uma ação fundamental na reprodução e na inclusão social dos seres humanos e a ser valorizada pelos seus membros.
Ana Maria Rocha
12º CT/LH