Na passada sexta-feira, dia 26 de fevereiro, alunos, professores e funcionários do ensino noturno foram surpreendidos pela fenomenal avalanche de granizo que caiu sobre a região. A par do ruído assustador, os efeitos da tempestade não se fizeram esperar: uma boa cobertura de 10 centímetros rodeou as viaturas, a ponto de se esperar ser difícil retirá-las do parque de estacionamento.
Após o temporal, já mais atenuados os sinais da avalanche, foram registadas as fotos que aqui partilhamos, com o nosso agradecimento à D. Ana Paula Martins, nossa funcionária, que no-las enviou.
O mau tempo também se faz sentir mais a Sul, como comprovam as imagens que têm chegado à redação das estações televisivas. Nas primeiras horas da manhã, o granizo caiu várias vezes na região de Lisboa.
O sol já começa a aparecer, mas as baixas temperaturas dos últimos dias levaram a que também nevasse em locais onde é habitual e noutros onde é pouco comum, como é o caso do Algarve, da Serra de Monchique e do conselho de Leiria, obrigando a Proteção Civil a uma atenção redobrada. A maior parte das 400 operações registadas serviu para retirar pessoas que ficaram presas devido à neve e tiveram de pedir ajuda.
Conforme explicam os meteorologistas relativamente à formação de granizo, a água evapora, ao seguir o seu ciclo hidrológico, subindo para camadas mais altas da atmosfera e vai-se acumulando em forma de nuvens. Algumas, conhecidas como cumulusnimbus, atingem alturas muito grandes de até 1600 metros e apresentam movimentos intensos no seu interior. O empuxo (força que age debaixo para cima, contrária à gravidade) obriga a que as gotículas de água no interior da nuvem subam até atingirem uma altura onde a temperatura é muito baixa, o que as faz congelar e cair novamente. Isso ocorre até que a gota, agora uma pedra de gelo, atinja um tamanho e peso suficientes para vencer o empuxo e cair em forma de chuva.
Também chamada saraiva, a chuva de granizo costuma ser bastante concentrada devido ao tipo de nuvem que a origina. O tamanho das pedras de gelo depende da intensidade da nuvem e das forças dentro dela.
Recorde-se que toda a região de Lisboa já tinha sido afetada pelo mesmo fenómeno climatérico a 17 de janeiro de 2014.
De igual forma, há 60 anos, Portugal continental foi afetado por um episódio de frio intenso, longo e sem precedentes, nos dias 11 e 12 de fevereiro de 1956, altura em que se registaram valores de temperatura mínima extremamente baixos inferiores a 0 °C em quase todo o território.
Fonte: http://www.infoescola.com/ (acedida a 28/02/2014)
http://www.tvi24.iol.pt/…/queda-de-graniz…/1529207-4071.html (acedida a 28/02/2014)